Luís Santos, atual treinador dos Juniores, perspetiva futuro da equipa

“Acima de tudo a maior vitória desta equipa é ser composta por mais de 90% de jogadores de São Brás, dando seguimento ao trabalho que tem sido feito pela Sociedade Recreativa 1º de Janeiro.”

Luís André Coelho dos Santos, 21 anos, nascido e criado em São Brás de Alportel, licenciado em ciências do desporto na Universidade de Évora, frequenta atualmente o mestrado em Exercício e Saúde.

Desde os seus 6 anos de idade que frequenta algumas associações desportivas e culturais, tal como, a União Desportiva Recreativa Sambrasense, o Rancho típico Sambrasense e a Sociedade Recreativa 1° de janeiro.

Atualmente, é Vice-Presidente da União Sambrasense e treinador da equipa de Juniores, juntamente com a equipa técnica composto por Ilídio Cristina, João Rodrigues e Marcos Rocha.

ENTREVISTA

Quais são os principais objetivos da equipa de juniores? Que balanço faz da época desportiva até ao momento?

O principal objetivo desde o início foi sempre tentar passar à Fase de Campeão para tentarmos jogar contra as melhores equipas do Algarve. Esse objetivo foi atingido no passado dia 6 de fevereiro. Conseguimos acabar a nossa fase na 4º posição com 19 pontos, o que nos bastou para atingir esta passagem.

Agora, acima de tudo é tentar dignificar o clube em todos os jogos que vamos realizar e mostrar as nossas valências em termos futebolísticos.

Qual a maior dificuldade em treinar jovens adultos?

Treinar jovens por si só é desafiante, pois podemos ser nós treinadores os responsáveis pelo crescimento e a aprendizagem de um atleta para o seu desenvolvimento enquanto jogador e pessoa.

No escalão em que atualmente trabalho (Juniores) é importante treinar os atletas para a competição, pois no próximo ano a maior parte dos atletas vai integrar a equipa sénior e a exigência já se torna outra, bastante mais elevada.

O covid-19 tem afetado muito a logística da equipa? Como tem sido fazer desporto no meio de uma pandemia?

Têm sido alguns constrangimentos derivados da pandemia, muitas incertezas colocadas, algumas dificuldades sem saber com quantos jogadores contar nos treinos e nos jogos. Esta tem sido a maior dificuldade. A inércia é sem dúvida inimiga da união. 

Como é que caracteriza a equipa de Juniores?

A atual equipa de juniores é constituída por um grupo de jogadores que já jogam há algum tempo juntos e que há muito eu não encontrava tanta qualidade numa equipa como esta. Acima de tudo noto um grande companheirismo entre atletas e tem se revelado em todos os momentos quer nas vitórias quer nas derrotas. Como gosto de referir “Quando perdemos não significa que esteja tudo mal, também não significa que quando ganhamos esteja tudo bem!”.

Acima de tudo a maior vitória desta equipa é ser composta por mais de 90% de jogadores de São Brás, dando seguimento ao trabalho que tem sido feito pela Sociedade Recreativa 1º de Janeiro e que tanto orgulho tem dado aos São-Brasenses. Eles são o futuro do Sambrasense, é neles que temos de apostar para o futuro, é neles que apostamos todas as cartas que para o ano se mantenham e continuem a levar o símbolo do Sambrasense ao peito.

Quais são as suas perspetivas futuras enquanto treinador desportivo?

Este é o meu segundo ano como treinador, o meu primeiro ano foi como estagiário em escalões de formação no Juventude Sport Clube. Foi um ano de muitas aprendizagens e tentar levar todo o conhecimento adquirido para o futuro. Não pretendo apenas ser treinador, mas também fazer parte de uma gestão e coordenação de um clube.

Quais são os seus projetos que quer ver implementadas na União Sambrasense?

Os projetos são muitos, quer no âmbito desportivo, cultural e social. É preciso tornar ainda mais dinâmico este clube e conseguir atingir o maior número de população Sambrasense. Nós precisamos e sentimos o apoio de todos os Sambrasenses e temos a perfeita noção de que o trabalho que tem sido feito e também o que se pode vir a fazer.

É importante manter os atuais sócios ligados ao clube e fazer com que muitos mais se tornem sócios e consigam usufruir de todas as atividades do clube. São inúmeros os projetos pensados, entre eles o Museu do clube que pretende manter a história do clube bem viva e criar uma conexão entre o passado, presente e futuro. A criação musical do hino é também outro dos grandes objetivos, onde são homenageados todos aqueles que fizeram e que ainda hoje fazem parte do clube. A União Sambrasense tem de ter um projeto baseado na humildade, no trabalho e no foco só assim poderemos alcançar todos os nossos objetivos. 

Qual é a relação que existe entre a UDRS e o outro clube da formação Sociedade Recreativa 1º de Janeiro?

É uma relação que se pretende manter estável e cada vez mais consolidada, considerando muito importante esta relação entre clubes. Os atletas que passam pela Sociedade Recreativa 1º de Janeiro e posteriormente vêm para o Sambrasense já formados e nota-se cada vez vêm mais bem formados com treinadores de alta categoria.

O importante acima de tudo é tentar incentivar os jovens a ficar no clube da terra, compreendendo o facto de também quererem experimentar clubes diferentes e considerados superiores ao Sambrasense. Contudo, o Sambrasense serve para servir e ser Servido pelos conterrâneos e esperamos que todos os atletas que sejam cá da terra apostem primeiro nos clubes locais para todos podermos crescer e elevar o nome do nosso concelho mais alto.

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